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Vírus: Angola rastreou 1.630 passageiros e não tem registo de um caso suspeito – autoridades

LUSA
28-01-2020 13:25h

O Governo angolano anunciou hoje que foram rastreados, na segunda-feira, 1.630 passageiros - 728 estrangeiros e 902 angolanos -, e "não há qualquer registo no país de um caso suspeito" do novo coronavírus, garantindo "reforço da vigilância epidemiológica".

A informação foi transmitida hoje, em conferência de imprensa, pelo diretor nacional de Saúde Pública angolano em exercício, Eusébio Manuel, referindo que entre as ações de vigilância está a instalação de medidas de biossegurança nos pontos de entrada.

"Nos aeroportos, portos, paragens de autocarro e fronteiras continuam a ser reforçadas medidas de vigilância epidemiológica", afirmou o responsável, adiantando que decorrem ações de informação, educação e comunicação nos meios de informação sobre o vírus.

A China elevou para 106 mortos e mais de 4.000 infetados o balanço do novo coronavírus detatado no final do ano em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

O anterior balanço apontava para 80 mortos e 2.700 infetados.

As autoridades de Pequim confirmaram a primeira morte na capital chinesa de uma pessoa infetada pelo novo coronavírus (2019-nCoV), um homem de 50 anos que esteve na cidade de Wuhan, em 08 de janeiro.

Angola, mesmo sem qualquer registo, tem em funcionamento centros-sentinela, em hospitais nacionais e provinciais para gestão de casos, com "envio diário de orientações técnicas" às províncias e unidades sanitárias.

Segundo Eusébio Manuel, uma comissão interministerial elabora, já em fase final, um Plano de Contingência, sendo que todos os dias são elaborados relatórios para atualização da situação epidemiológica do país.

No encontro, as autoridades recordaram que o coronavírus se manifesta com febre alta, tosse e dificuldades respiratórias, pedindo à população para lavar frequente das mãos, evitar aglomeração e ambientes fechados, entre outras medidas.

Um primeiro caso confirmado de contaminação com este vírus foi registado na Alemanha esta segunda-feira, o segundo país afetado da Europa, depois de França.

Além do território continental da China, também foram reportados casos de infeção em Macau, Hong Kong, Taiwan, Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, França, Alemanha, Austrália e Canadá.

As autoridades chinesas admitiram que a capacidade de propagação do vírus se reforçou.

As pessoas infetadas podem transmitir a doença durante o período de incubação, que demora entre um dia e duas semanas, sem que o vírus seja detetado.

O Governo chinês decidiu prolongar o período de férias do Ano Novo Lunar, que deveria terminar na quinta-feira, para tentar limitar a movimentação da população.

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