O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, disse hoje que a região fechou 2019 com 5.250 profissionais no Serviço Regional de Saúde, "mais cerca de 180 do que no final de 2018, entre os quais mais 21 médicos e 47 enfermeiros".
"Naturalmente que este reforço de meios humanos se traduziu em resultados na prestação de cuidados, bastando referir que, no total da região, os últimos números consolidados apontam para um crescimento de 9% no número de consultas, mais 60 mil entre janeiro e outubro de 2019", analisados na comparação homóloga, acrescentou o governante.
Vasco Cordeiro falava no concelho da Calheta, na cerimónia de inauguração da remodelação e ampliação do centro de saúde local, iniciativa que integrou o segundo de três dias de visita estatutária à ilha de São Jorge.
As obras, orçadas em perto de um milhão e meio de euros, vão permitir uma "melhoria significativa na prestação de cuidados" aos quase quatro mil habitantes do concelho da Calheta, acrescentou ainda o chefe do executivo açoriano.
Antes, Vasco Cordeiro tinha anunciado que o Governo dos Açores vai investir cerca de cinco milhões de euros na construção do novo matadouro da ilha de São Jorge.
"Com a construção deste matadouro, abre-se um novo ciclo em termos do setor da carne na nossa região. A abertura deste novo ciclo alicerça-se e fundamenta-se naquilo que tem sido o percurso que foi feito ao longo dos últimos anos", declarou.
Uma visita ao porto do Topo e ao novo edifício do Museu Francisco de Lacerda são outros destaques de hoje da visita estatutária, dia em que o executivo regional recebe a população de São Jorge e se reúne, noite dentro, em Conselho de Governo, encontro cujas conclusões deverão ser conhecidas no terceiro e último dia de visita à ilha.
O programa inclui ainda as visitas dos membros do Governo Regional a diversos investimentos em curso na ilha, além de reuniões com várias entidades de São Jorge.
Além disso, na noite de quarta-feira decorreu a reunião com o Conselho de Ilha de São Jorge, encontro marcado pela ausência da maioria dos conselheiros, que teceram críticas ao executivo regional por alegadamente não obter respostas às dúvidas levantadas em anos recentes.
"Uma coisa é uma resposta que não satisfaça, outra é dizer que o Governo não respondeu", disse Vasco Cordeiro a propósito dessa ideia, depois de abordar o memorando de 2018 - que foi replicado em 2019 - e responder a cada um dos pontos então abordados.
Vasco Cordeiro lembrou que as reuniões com os conselho de ilha nas visitas estatutárias surgem de "convites" do Governo Regional: "Não vimos a São Jorge por causa do conselho de ilha, mas por causa dos jorgenses", declarou ainda, depois de conhecido que os conselheiros queriam reunir somente com o chefe do executivo e não com a totalidade dos secretários regionais.
A presidente do Conselho de Ilha de São Jorge, Isabel Teixeira, declarou-se depois "devidamente esclarecida" sobre os vários pontos debatidos - com saúde e transportes em destaque - e agradeceu a "explicação longa e demorada" do chefe do executivo açoriano.