O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E) garantiu hoje que “todas as consultas de todas as especialidades não têm tempos de espera superiores a um ano”, algo assegurado desde 31 de dezembro passado.
“Adiantamos que a 31 de dezembro de 2019, o CHVNG/E conseguiu assegurar que todas as consultas de todas as especialidades não têm tempos de espera superiores a um ano, para o qual contamos com o apoio de todos os profissionais, cujo empenho foi fulcral para o cumprimento deste objetivo”, refere nota enviada à agência Lusa.
Esta garantia surge um dia depois de o deputado do PSD Cancela Moura, que é também vereador na Câmara de Vila Nova de Gaia, ter dito no debate parlamentar na especialidade sobre o Orçamento do Estado para 2020, que os tempos de espera no CHVNG/E são “uma vergonha”.
O deputado, que também exigiu à ministra da Saúde, Marta Temido, respostas sobre o avanço das obras nesta unidade hospitalar, disse que o CHVNG/E regista, em oftalmologia, 308 dias de espera para consulta, um número que aumenta para 1.563 dias de espera na urologia.
“É uma vergonha. Neste Orçamento, a despesa total com este centro hospitalar aumenta 2,3%, diminuindo a despesa com medicamentos em 3% e a despesa com material de consumo clínico em 38,5%”, referiu Cancela Moura.
Em resposta, o CHVNG/E negou os números avançados pelo deputado social-democrata, garantindo que regista “valores substancialmente mais baixos que os indicados”.
“O CHVNG/E vem desta forma esclarecer que os tempos de espera para essas especialidades, contabilizados até dia 13 de janeiro, são de 166 dias para oftalmologia e de 145 dias para urologia, valores substancialmente mais baixos que os indicados”, frisa a nota desta unidade hospitalar.
Na segunda-feira, e numa intervenção em que juntou respostas a vários deputados sobre vários temas, a ministra da Saúde admitiu que se trata de um “hospital com muita pressão de procura”, mas sem confirmar ou desmentir os dados avançados pelo PSD.
“O Centro Hospitalar de Tâmega e Sousa e o de Gaia são exemplos de dois hospitais onde não havia doente à espera há mais de um ano até ao final de 2019. São duas instituições nas quais foi possível responder à eliminação das listas de espera de mais de um ano para consultas. Cá estaremos para continuar a trabalhar no sentido de responder mais e melhor às necessidades dos nossos utentes”, disse Marta Temido.