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PR diz que Nobel da Paz é "reconhecimento justo" e apelo aos mais ricos

LUSA
09-10-2020 13:45h

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que a atribuição do Prémio Nobel da Paz ao Programa Alimentar Mundial, das Nações Unidas, é um reconhecimento “justo e necessário”, mas também um apelo aos mais ricos.

Em Braga, à margem de uma visita ao hospital local, Marcelo deixou ainda uma “palavra especial” ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, por ter sabido olhar para as populações que mais sofrem em termos de fome e de miséria” e reforçar o apoio às mesmas.

“Este reconhecimento mundial é justo, necessário e um apelo a todos, a começar pelos mais ricos - mais ricos países, mais ricos pessoas, mais ricos instituições -, que têm de contribuir muitíssimo mais para os mais pobres, dependentes e explorados por todo o mundo”, referiu.

O Prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao Programa Alimentar Mundial pelos esforços para combater a fome e para melhorar as condições para a paz em zonas de conflito, anunciou o Comité Nobel norueguês.

Marcelo Rebelo de Sousa associou-se ao reconhecimento, sublinhando a acuidade do prémio num tempo em que a fome e a miséria aumentaram no mundo, por causa da covid-19 mas também da guerra, das migrações, dos refugiados e dos “dramas económicos, sociais, políticos e militares que atravessam a humanidade”.

“Isto significa que quem atribuiu o Prémio Nobel da Paz agradece às Nações Unidas o ter mantido e reforçado o seu programa alimentar com poucos meios, sem meios”, sublinhou.

O Presidente da República deixou ainda uma “palavra especial” a António Guterres, que classificou como “um homem de causas sociais” que percebeu que a necessidade de reforçar o apoio aos mais carenciados.

“Não chega, é insuficiente, é preciso mais, mas as Nações Unidas não pararam, António Guterres não parou”, rematou.

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