O Fundo Global disponibilizou mais de 11,5 milhões de euros a São Tomé e Príncipe para o programa de combate ao paludismo, HIV-Sida e tuberculose, entre 2021 e 2023, anunciou hoje o Governo são-tomense.
O anúncio foi feito à margem de uma reunião do Conselho de Coordenação Multissetorial (CCM), realizada nas instalações do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), na capital são-tomense, destinada a "aprovar o montante alocado pelo Fundo Global para o combate ao paludismo, HIV-Sida e Tuberculose para a próxima subvenção que vai de 2021 a 2023", disse à imprensa o ministro da Saúde, Edgar Neves.
De acordo com o governante, o encontro de hoje serviu para analisar "a definição deste montante para cada uma das três doenças", avaliar os resultados da subvenção que termina este ano, que apesar de não estar concluída, Edgar Neves considera que "foi positivo".
Deste apoio, cabe ao Governo são-tomense uma comparticação de 700 mil euros. Na última subvenção, de 2017 a 2020, o executivo não cumpriu a sua parcela.
De acordo como o ministro da Saúde são-tomense, para a próxima subvenção, a contrapartida são-tomense duplicará, e "caso o executivo não cumpra a sua parte, será deduzido mais um milhão de euros no valor global, com prejuízos para o próximo programa".
Edgar Neves considera que uma das atividades mais importantes e a desenvolver "com maior intensidade" no próximo programa "é a sensibilização, a advocacia, junto de toda a governação, parceiros, sociedade civil, igrejas, no sentido de haver um verdadeiro engajamento de todos, para que sintamos que o controlo do paludismo, HIV-Sida e tuberculose é um desafio de todos".
"É impensável sonhar com o desenvolvimento do turismo se nós não controlarmos devidamente o paludismo", disse o ministro da saúde, sublinhando: "Felizmente, estamos num bom caminho".
"Depois de quatro anos, este é o primeiro em que nós conseguimos reduzir o número de casos de paludismo. Desde 2015, 2016 e 2017 que se vinha verificando um aumento de pelo menos 200 casos por ano. Agora nós conseguimos reduzir esses números em mais de 80%, apesar de todas as dificuldades de um ano atípico, no contexto de um ano macroeconómico difícil e da estruturação de um governo que tinha acabado de assumir funções", disse Edgar Neves.