Mais de 70 idosos de Idanha-a-Nova, no distrito de Castelo Branco, foram operados às cataratas gratuitamente, no âmbito de uma parceria entre o município local e a Fundação Álvaro Carvalho, foi hoje anunciado.
"Apesar da situação epidemiológica atual, era importante avançar com a realização das cirurgias às cataratas previstas para este ano. Para garantirmos todas as condições de segurança, os utentes intervencionados foram previamente submetidos a testes de despiste à covid-19, que deram negativo", explica, em comunicado, o presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto.
Recentemente, um novo grupo de 12 munícipes do concelho de Idanha-a-Nova realizou cirurgias gratuitas às cataratas.
A ação está inserida na parceria entre a Câmara de Idanha-a-Nova, a Fundação Álvaro Carvalho e o Centro Municipal de Cultura e Desenvolvimento de Idanha-a-Nova, que já permitiu operar às cataratas mais de 70 pessoas do concelho.
"Estas cirurgias são fundamentais para as pessoas recuperarem a visão e, assim, terem melhor qualidade de vida. Sobretudo tratando-se de pessoas idosas que já deram tanto de si ao concelho e merecem o nosso maior reconhecimento", realça o autarca.
O processo cumpriu os critérios de seleção de utentes, contando com a articulação entre o Centro de Saúde de Idanha-a-Nova, a Fundação Álvaro Carvalho e a Clínica Oftalmológica da Beira Interior na avaliação clínica dos idosos, tendo sempre em consideração os casos de justificado apoio social.
O município de Idanha-a-Nova sublinha que a iniciativa é para continuar e não tem, efetivamente, custos para os utentes.
A Câmara de Idanha-a-Nova assume 50% dos encargos e os restantes 50% são suportados pela Fundação Álvaro Carvalho, instituição que tem sido determinante no acesso a especialidades médicas no interior de Portugal.
Citado na nota, o médico e presidente da Fundação, Álvaro Carvalho, afirma que este projeto "tem sido muito bem recebido pelas comunidades locais, com uma colaboração fantástica das autarquias, dos profissionais de saúde e dos assistentes sociais".
"Os doentes, em grande maioria idosos, ficam muito reconhecidos por verem resolvidos défices visuais elevados, afetados por uma patologia que pode ser tratada em meia hora e sem custos para os próprios", sustenta.
O clínico adianta ainda que num momento em que as pessoas têm maior dificuldade em aceder aos cuidados do Serviço Nacional de Saúde (SNS), por causa da covid-19, faz ainda mais sentido este esforço para cumprir as operações às cataratas previstas 2020.
"Os hospitais públicos estão naturalmente focados na covid-19 e, através desta ação, conseguimos ajudar a resolver alguns problemas de saúde crónicos, que também são determinantes para a vida das pessoas, como é o caso de recuperar a visão", conclui Álvaro Carvalho.