Em comunicado enviado hoje à imprensa, aquele município do distrito de Viana do Castelo justificou a decisão de manter "todas as medidas extraordinárias e de caráter urgente" com a necessidade de "precaução e cuidado, cujo objetivo consiste em reforçar os procedimentos de responsabilidade e civismo da população".

"Os monçanenses têm de perceber que ainda temos trabalho pela frente antes de vermos a luz ao fundo do túnel. Não é a hora de baixar os braços. É a hora de continuarmos unidos, atentos, cautelosos e responsáveis", referiu o presidente da Câmara, António Barbosa, citado na nota.

No domingo, a Câmara de Monção indicava a existência de 105 casos positivos no concelho, 74 dos quais relativos à Santa Casa da Misericórdia de Monção, oito mortes, seis das quais utentes da instituição.

No documento, a autarquia liderada pelo PSD destacou que o Balcão Único do concelho "vai continuar encerrado ao atendimento presencial, mantendo-se os contactos telefónicos e digitais para a receção de processos e requerimentos", e que a sede da eurocidade Monção - Salvaterra de Miño, na Galiza, não presta, temporariamente, serviço aos trabalhadores".

A autarquia decidiu ainda manter fechados ao público a ecopista do rio Minho e os parques das Caldas e da Lodeira.

Também os serviços culturais, como a biblioteca, arquivo, a Loja Interativa de Turismo (LIT) e o cine teatro João Verde, permanecem inacessíveis ao público.

"O mesmo acontece com os equipamentos turísticos do concelho - o museu do Alvarinho, os núcleos museológicos da Torre de Lapela, do Castro de São Caetano - e a feira semanal mantém-se suspensa", especifica o município, acrescentando que "vai continuar a apoiar os profissionais de saúde, socorro e segurança, bem como as instituições sociais e as famílias mais vulneráveis do concelho".

"A partir de amanhã [terça-feira] inicia-se uma campanha de sensibilização, junto da população e comerciantes, para o uso de máscara, higienização das mãos e distanciamento social", especifica.

Portugal contabiliza 1.063 mortos associados à covid-19 em 25.524 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.