O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que admite a imposição de testes sistemáticos de despistagem do novo coronavírus para passageiros que aterrem nos Estados Unidos provenientes de zonas de risco.
Interrogado sobre os viajantes aéreos que chegam aos Estados Unidos deveriam passar por um exame médico ou apenas fazer um teste de temperatura, Trump respondeu que ambos os procedimentos devem ser aplicados.
O Presidente norte-americano disse estar preocupado com zonas do mundo que constituem riscos acrescidos, em termos de propagação de covid-19, citando o caso do Brasil.
“Provavelmente faremos isso. A pandemia é bastante virulenta no Brasil”, disse Trump, acrescentando que uma decisão sobre os procedimentos de segurança nos aeroportos será anunciada em breve.
Trump, que recebeu hoje na Casa Branca o governador republicano do Estado da Florida, disse que discutirá esta matéria com diversas autoridades, nomeadamente com governadores de estados que tenham frequência de contacto com países da América Latina.
Trump disse ainda que os testes de triagem nos aeroportos devem ocorrer na fase de embarque, o que obriga a envolver as companhias aéreas nestas decisões.
Nos Estados Unidos, registaram-se cerca de um milhão de casos de contaminação com o novo coronavírus e mais de 57 mil mortes.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.