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Covid-19: Sindicato da PSP pede conversão do passe em senhas de gasolina ou numerário

LUSA
28-04-2020 18:54h

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) propôs hoje à tutela que o regime de transporte dos elementos da PSP seja alterado e, em vez do passe social, o valor seja revertido em senhas de gasolina ou numerário.

Numa proposta enviada à Direção Nacional e ao Ministério da Administração Interna (MAI), o sindicato diz que esta é uma forma de os policias poderem “acautelar todas as situações de contágio e conseguir as suas deslocações de e para o trabalho de forma direta e no mais curto espaço de tempo possível”.

Na proposta do SPP/PSP, em vez de os polícias “receberem o carregamento do respetivo passe, receberem o respetivo valor em senhas de combustível ou dinheiro”, para que possam “passar a deslocar-se para o trabalho na sua viatura particular”.

“Esta medida não acarreta qualquer despesa adicional para a fazenda pública, uma vez que falamos de valores que hoje já são gastos”, argumenta o sindicato, recordando que os elementos da PSP têm direito ao pagamento do passe social que abranja o percurso da sua residência ate ao local de trabalho.

“Atendendo à situação em que vivemos, os policias têm agora ainda mais dificuldades em efetuar o percurso de sua casa até ao seu local de trabalho, utilizando transportes públicos. Muitos trajetos foram suprimidos e horários alterados (...). Os policias têm que entrar e sair de serviço a várias horas do dia e da noite, muitas delas sem disponibilidade de transporte para casa ou desta para o seu local de trabalho, pelo que esta situação agrava a concentração de elementos policias nas instalações da PSP”, argumenta.

O sindicato defende que “os policias tenham condições de se deslocar de casa para o trabalho e do trabalho para casa em horários de transporte condizentes com seu horário de serviço e ao mesmo tempo mitigar a possibilidade de contagiar ou ser contagiado por via do covid-19”.

Em Portugal, morreram 948 pessoas das 24.322 confirmadas como infetadas, e há 1.389 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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