O Reino Unido vai alargar os testes de diagnóstico à covid-19 aos maiores de 65 anos e àqueles que não podem trabalhar de casa graças à maior capacidade de testagem, anunciou hoje o ministro da Saúde, Matt Hancock.
“Temos capacidade para ir mais longe e partir de agora vamos disponibilizar testes a todas as pessoas com 65 anos e familiares com sintomas e a todos os trabalhadores que tenham de sair de casa para o emprego e os elementos do agregado familiar”, disse, na conferência de imprensa de hoje do governo sobre a crise.
Até agora, o governo britânico tinha limitado os testes aos pacientes nos hospitais, mas nas últimas semanas passou a incluir a profissionais de saúde e trabalhadores de lares de idosos com sintomas e os respetivos agregados familiares, para possibilitar o regresso às funções.
Na semana passada, a abertura a todos a cerca de 10 milhões de trabalhadores considerados essenciais, como polícias, bombeiros ou guardas prisionais, e familiares provocou a falha da página eletrónica onde deviam inscrever-se, esgotando as vagas em poucos minutos.
De acordo com Hancock, partir de agora todos os residentes e funcionários em lares de idosos em Inglaterra, bem como os pacientes e funcionários do sistema de saúde público (NHS, na sigla inglesa), vão poder fazer testes de diagnóstico, mesmo se não tiverem sintomas.
Nas últimas semanas, a capacidade de testagem diária mais do que duplicou, de 33.171 a 14 de abril para os atuais 73.400, porém ainda está aquém da meta de 100 mil testes por dia até ao final de abril prometida pelo ministro.
Apesar de ter multiplicado o número de locais para realizar testes, como parques de estacionamento em que as pessoas não saem dos automóveis, e postos móveis, na segunda-feira só foram realizados 26.355 testes, quase um terço da capacidade.
O Reino Unido registou nas últimas 24 horas mais 585 mortes, fazendo o total de óbitos durante a pandemia covid-19 subir para 21.678, enquanto que o número de casos de contágio aumentou para 161.145, informou Hancock.