Cerca de oito mil pessoas vão ser abrangidas pelos rastreios da doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) na Madeira, que têm hoje início, indicou o Governo Regional, salientando que é uma medida que acontece pela primeira vez no país.
“Isto é um rastreio inovador aqui em Portugal. A Madeira é mais uma vez pioneira”, salientou a secretária regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira, Micaela Freitas, numa visita ao centro de saúde de Santo António, no Funchal, para acompanhar a iniciativa.
De acordo com a governante, este “é um rastreio que se dirige à população fumadora, entre os 40 e os 74 anos”, feito pelo Serviço Regional de Saúde, através dos centros de saúde, e que tem a colaboração da Fundação Portuguesa do Pulmão.
Serão abrangidas cerca de oito mil pessoas e o rastreio é repetido de três em três anos, adiantou Micaela Freitas.
A responsável pela pasta da Saúde na Madeira apontou que esta é “uma das doenças mais prevalentes” no arquipélago, sublinhando que os rastreios são também uma medida com impacto para a sustentabilidade do Serviço Regional de Saúde, uma vez que, quanto mais cedo for detetada a doença, também “menos dispendiosos são os tratamentos”.
A medida é igualmente uma “mais-valia para quem sofre da doença” e “até pode ser um incentivo para deixar de fumar”.
“No âmbito deste rastreio, nós vamos encaminhar as pessoas para a consulta de cessação tabágica”, disse, acrescentando que os utentes, ao saberem que poderão desenvolver esta doença, podem “adotar estilos de vida mais saudáveis”.