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Covid-19: Empresários açorianos consideram tempo entre levantamento de medidas “desadequado”

LUSA
28-04-2020 18:10h

A Câmara do Comércio e Indústria de Angra do Heroísmo (CCIAH) considerou hoje "desadequado" o prazo de um mês de intervalo entre cada decisão de levantamento das medidas impostas devido à pandemia da covid-19.

No seu parecer, hoje enviado ao Governo Regional, sobre a proposta de roteiro dos Açores “Critérios para uma Saída Segura da Pandemia Covid-19” - a que a agência Lusa teve acesso - o organismo afirma que, no que concerne à gradualidade, “não se apresenta um tempo de intervalo entre cada decisão de levantamento de cada medida adequado, tendo em conta o que já se conhece do vírus e que está a ser aplicado no território nacional”.

“Consideramos que o prazo de um mês de tempo de intervalo de levantamento de medidas desadequado, tendo em conta que o Governo República já comunicou um prazo de intervalo de levantamento das medidas de 15 em 15 dias, correspondente a um ciclo de incubação do vírus, para além de que, com a aplicação do critério de monitorização, o prazo de 15 dias será suficiente para constatar se, passado esse compasso de tempo, poderá ser possível ou não levantar mais restrições”, lê-se mo parecer.

Para a CCIAH, na sequência da aplicação das medidas restritivas derivadas da pandemia da covid-19, e dos efeitos que as mesmas estão a ter no tecido empresarial regional, “é com agrado que se verifica que, atualmente, o surto encontra-se controlado nos Açores” e que se “pode já planear e definir os termos em que se poderá voltar a uma normalidade possível, tendo em conta que ter-se-á que viver com o vírus durante os próximos tempos”.

A CCIAH refere que “é essencial o envolvimento” das associações empresariais representativas dos Açores na fase seguinte do processo de elaboração de levantamento das medidas de restrição, relativas à escolha dos sectores de atividade, e de que forma poderão exercer a sua atividade em segurança.

Os Açores voltaram hoje a não registar novos casos positivos de covid-19, pelo sexto dia consecutivo, mas as mortes subiram para 11, com o falecimento de uma mulher de 78 anos, havendo ainda o registo de mais três recuperados.

Em comunicado, a Autoridade de Saúde Regional informou que "as 348 análises realizadas nos dois laboratórios de referência da Região", em São Miguel e na Terceira, "nas últimas 24 horas, não revelaram casos positivos de covid-19".

Aquela entidade informa ainda a ocorrência do óbito de uma mulher de 78 anos de idade, internada no Hospital do Divino Espírito Santo, de Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

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