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Covid-19: Escolas alemãs reabrem antes do verão, mas com constragimentos

LUSA
28-04-2020 15:08h

As autoridades educativas alemãs reconheceram hoje que a normalidade não regressará às salas de aula antes do verão, por causa da pandemia de covid-19, embora os estados federados admitam aulas presenciais antes das férias.

Os responsáveis educativos dos 16 estados federados acordaram hoje a reabertura das escolas com muitos constrangimentos e discrição, para permitir que cada região mantenha a sua autonomia, sem perder o sentido de equidade nacional na aplicação de medidas sanitárias.

“Não haverá aulas normais antes do verão, quanto mais não seja pela necessidade de distanciamento social que deverá existir nas salas”, explicou Stefanie Hubig, diretora do departamento de Educação do Estado da Renânia-Palatinado.

Mas Hubig admitiu a reabertura de escolas para aulas presenciais, tal como acontecerá em todo os 16 estados federais da Alemanha.

A fórmula adotada para o regresso às aulas será diferente em cada região e para os diferentes escalões de ensino, de acordo com as diferentes necessidades.

Está ainda em cima da mesa a opção de estender os horários de funcionamento das escolas, podendo mesmo haver aulas aos sábados, para evitar concentrações de alunos.

A regra imposta pelo Governo federal a todos os estados é que sejam cumpridas escrupulosamente as regras de prevenção e de distanciamento social, dando sempre prioridade aos cuidados de saúde.

As regras sanitárias estão a ser ampliadas e, esta semana, passa a ser obrigatório o uso de máscaras de proteção em todas as lojas de Berlim.

A medida já tinha sido aplicada nos transportes públicos, mas agora também os estabelecimentos comerciais são abrangidos, de acordo com uma informação hoje divulgada pelo presidente da Câmara de Berlim, Andreas Geisel.

Na Alemanha, registaram-se até agora mais de 150 mil casos de contaminação com o novo coronavírus e mais de seis mil mortes.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram, entretanto, a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos, como Dinamarca, Áustria, Espanha ou Alemanha, a aliviar algumas das medidas.

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