SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Instituto Gulbenkian de Ciência avança com testes a 1.000 profissionais de saúde

LUSA
27-04-2020 18:49h

O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) anunciou hoje que iniciou a realização de testes à covid-19 em 1.000 profissionais de saúde dos hospitais Egas Moniz, Santa Cruz e São Francisco Xavier, em Lisboa, e Fernando Fonseca, na Amadora.

Os testes visam aferir, por um lado, que médicos, enfermeiros, técnicos e assistentes operacionais, em contacto com doentes com covid-19, estão infetados sem o saber, porque não têm sintomas, e, por outro, os que estão protegidos contra a infeção, porque desenvolveram anticorpos específicos, e qual o grau de proteção adquirido, se duradouro ou não.

Os profissionais de saúde vão ser monitorizados de três em três semanas, por um período de pelo menos três meses, precisa o IGC em comunicado, assinalando que "a informação recolhida será crucial para proteger e cuidar destes profissionais, gerir equipas e serviços e garantir a sustentabilidade da prestação de cuidados de saúde".

Além disso, a iniciativa "reunirá informação para preparar a resposta do país para outras possíveis vagas de infeção", acrescenta o IGC.

As pessoas que vão ser testadas trabalham nos serviços de urgência, medicina interna, pneumologia, infecciologia e patologia clínica, adiantou o IGC à Lusa.

A iniciativa, que começou na semana passada, pretende alargar-se a 3.000 profissionais de saúde de outros hospitais, mas também de centros de saúde, a definir.

O anúncio do IGC, instituição que pertence à Fundação Calouste Gulbenkian, surge depois de a Fundação Champalimaud ter iniciado, igualmente na semana passada, testes de imunidade (serológicos) à covid-19 a 667 enfermeiros e assistentes operacionais dos hospitais de Santa Maria, em Lisboa, e Santo António, no Porto.

Portugal, em estado de emergência até 02 de maio, contabiliza 928 mortos associados à covid-19 em 24.027 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia.

Das pessoas infetadas, 995 estão hospitalizadas, das quais 176 em unidades de cuidados intensivos, havendo 1.357 casos recuperados desde que a doença respiratória foi diagnosticada no país, em 02 de março.

MAIS NOTÍCIAS