A Dura Automotive adiou para 03 de maio o fim do ‘lay-off' nas fábricas do Carregado, concelho de Alenquer, e na Guarda, devido à pandemia, disse hoje a diretora de recursos humanos da empresa.
Elisabete Cruz afirmou à agência Lusa que o fim do ‘lay-off' foi prolongado até 03 de maio e que a empresa espera retomar a produção nas fábricas do Carregado, no distrito de Lisboa, e da Guarda "de forma faseada, porque não tem encomendas para dar trabalho a todos os operários".
"Nem todos os trabalhadores serão convocados para trabalhar", adiantou a responsável, acrescentando, contudo, que poderão surgir a qualquer altura alterações em função das encomendas que surgirem.
As duas fábricas da Dura Automotive em Portugal, com 200 trabalhadores no Carregado e 155 na Guarda, entraram em ‘lay-off' na última semana de março devido à pandemia, tendo suspendido a laboração e os contratos de trabalho.
Na unidade do Carregado, o ‘lay-off', que deveria terminar no dia 16 de abril, já tinha sido prolongado até dia 27 de abril e voltou agora a ser adiado para 03 de maio.
A empresa candidatou-se aos apoios do Estado previstos para casos de 'lay-off' causados pelos efeitos da pandemia.
"Tendo em conta a pandemia, os nossos clientes cancelaram as encomendas, não tínhamos trabalho para os nossos trabalhadores e parámos a laboração", justificou a responsável em declarações anteriores à Lusa.
Contudo, "a expectativa da empresa é começar a pôr as fábricas a trabalhar e suspender o 'lay-off' se surgirem encomendas", adiantou.
As duas fábricas da Dura Automotive produzem componentes para o setor automóvel.
A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 190 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Mais de 708 mil doentes foram considerados curados.
Portugal regista hoje 854 mortos associados à covid-19, mais 34 do que na quinta-feira, e 22.797 infetados (mais 444), indica o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".