A informação é prestada aos militantes comunistas através do órgão oficial do PCP, Avante, em que se informa que se mantém na agenda tanto o XXI congresso nacional, de 27 a 29 de novembro, como a festa do Avante, em setembro.

O processo de discussão interna é feito até setembro e passa por debate nas várias estruturas do partido, apesar do surto epidémico.

“Se não podemos ‘fechar para congresso’, tão pouco podemos «passar ao lado da sua preparação”, lê-se no artigo do Avante.

No entanto, devido à covid-19, “foram, entretanto, colocadas condicionantes à realização de amplas reuniões ou plenários de militantes” previstos e a sua “reprogramação deve merecer por parte dos diversos organismos de direção uma cuidada e minuciosa preparação” de reuniões que devem realizar-se “em espaços adequados”.

Dado que “muitos membros” do PCP terão “dificuldades em participar em reuniões”, pede-se que façam chegar a “sua contribuição individual” para o “endereço eletrónico ou postal” da sua organização ou por outro “meio que se entenda mais adequado”.

Em março, o comité central do PCP aprovou uma resolução sobre o XXI congresso do partido, agendado para novembro, em Loures, e definiu "um conjunto de matérias centrais para o debate inicial relativo ao conteúdo das Teses - Projeto de Resolução Política".

A discussão interna é feita em três fases, a primeira das quais termina no final do mês de maio, para se fazer uma "discussão em todo o partido das questões fundamentais a que o congresso deve dar resposta" e sobre "as matérias estruturantes a integrar nas Teses” a partir das questões, tópicos e linhas na resolução aprovada no comité central.

A segunda fase prolonga-se até ao fim de agosto para serem "elaboradas as Teses", tendo "em conta o debate e as contribuições recolhidas na primeira fase".

Uma terceira fase decorre até ao fim do mês de setembro, "após a publicação dos documentos no 'Avante'", que, nessa altura, "deverá abrir um espaço dedicado à intervenção dos militantes", realizando-se também as "reuniões plenárias e assembleias das organizações do partido para o debate das Teses" e para a "eleição dos delegados".

A nível global, segundo um balanço da AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 183 mil mortos e infetou mais de 2,6 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Em Portugal, morreram 820 pessoas das 22.353 confirmadas como infetadas, e há 1.143 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.