O Pentágono decidiu na segunda-feira prolongar as restrições às deslocações militares até junho, por entender que a pandemia de covid-19 ainda é uma ameaça para as tropas.
A decisão foi anunciada em comunicado, depois de o secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, ter anunciado, em março, que as limitações às deslocações iriam estender-se até 11 de maio e da pressão exercida pela administração liderada pelo Presidente Donald Trump para a abertura de alguns estados do país.
"Embora o Departamento [da Defesa] reconheça que esta medida vai ter um grande impacto sobre os nossos membros e as suas famílias, que desejam prosseguir com as suas vidas, este contexto de rápida transformação criou riscos significativos para os nossos elementos", avançou o Pentágono no comunicado.
O comunicado adianta que Mark Esper deu prioridade às mudanças permanentes de base para militares com pessoas dependentes em idade escolar, de forma minimizar a interrupção do ano escolar e os custos com educação, ou a militares que estejam a ser considerados para prolongarem as tarefas em curso.
As restrições aplicam-se tanto a militares do Departamento de Defesa norte-americano, como a civis, para deslocações oficiais domésticas e internacionais, não sendo abrangidas as viagens relacionadas com recrutamento e movimentação de militares ainda em formação.
Quando anunciou a extensão das restrições às deslocações na semana passada, sem especificar por quanto tempo, Mark Esper afirmou ter percebido que a medida sobrecarregava as famílias de militares.
O secretário de Defesa observou ainda que muitos militares esperam mudar-se para novas missões, nos Estados Unidos e no exterior, ainda no próximo verão, antes do início de mais um ano escolar.
"A decisão foi tomada para proteger os funcionários dos EUA e preservar a prontidão operacional de nossa força global", refere o comunicado do Pentágono.
"O departamento possui agora procedimentos para permitir isenções adicionais e o reatamento das viagens para várias categorias suspensas anteriormente, incluindo várias mobilizações", lê-se ainda.
Os EUA são o país com mais casos confirmados de infeção (cerca de 766 mil) e de mortes (40.931) devido à doença covid-19, que já provocou mais de 167 mil mortos e infetou mais de 2,4 milhões de pessoas em 193 países e territórios.