Num requerimento enviado à Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar, em que propôs que a audição se realize por videoconferência, o PAN salientou que “o impacto económico e social” da pandemia afeta também os animais, que ficam “numa situação de especial vulnerabilidade”, e assinalou que “as associações de proteção animal têm vindo a fazer alertas relativamente à falta de apoios e à necessidade de continuarem a prestar cuidados aos animais que têm a seu cargo”.

“Para além disso, têm aumentado os pedidos de ajuda de pessoas que detêm animais de companhia e que precisam do apoio destas associações devido aos constrangimentos económicos que inesperadamente enfrentam, devido à pandemia”, acrescentou o partido, falando também num “aumento do abandono de animais de companhia”.

O PAN alertou ainda que os zoos estão encerrados e sem receitas de bilheteira, mas têm de “continuar a alimentar um número elevado de animais selvagens, prestar-lhes cuidados médico-veterinários e pagar aos trabalhadores”.

“Desconhece-se que tipo de medidas foram já tomadas, se é que foram tomadas algumas pelo Ministério da Agricultura relativamente a este ou a outros tipos de alojamentos de animais selvagens ou de pecuária”, salientou.

O PAN considerou que parece que as competências do Governo “relativas à proteção e bem-estar animal, e até de defesa da saúde pública, se encontram também elas suspensas”.

Portugal regista 735 mortos associados à covid-19 em 20.863 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".