A Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) lançou hoje uma campanha de incentivo à compra do que é local para ajudar a minimizar os impactos económicos da pandemia da covid-19.
“Eu compro local! Compro Bragança; Compro Trás-os-Montes; Compro Portugal”, é o lema escolhido para sensibilizar a comunidade para a necessidade de apoiar a economia da terra com iniciativas nas redes sociais, comunicação social do concelho e nas ruas da cidade de Bragança.
A campanha chama a atenção dos consumidores para a necessidade de apoiar de uma forma transversal, comprando local, os produtores, grossistas, retalhistas, serviços e atividade comercial e empresarial em geral”, como explicou Anabela Anjos, secretária-geral da ACISB.
Com grande parte da economia local parada devida às medidas de confinamento e afastamento social, a associação comercial alerta para “a necessidade de manter postos de trabalho, de garantir a continuidade das atividades económicas abertas no concelho e na região, da salvaguarda das questões sociais, que com os efeitos nefastos da crise, podem atingir a todos”.
A representante do setor observa que “as atividades económicas locais têm manifestado uma enorme capacidade de adaptação e de resposta às necessidades e expectativas do consumidor”.
“Neste período de confinamento muitos são os operadores que criaram respostas digitais para satisfazer os seus clientes, todos, sem exceção estão a cumprir criteriosamente as orientações da Direção-Geral da Saúde no combate à pandemia, a maioria tem-se envolvido ativamente em campanhas de solidariedade que buscam o bem comum”, sustentou.
A ACISB acredita que “existe essa predisposição da comunidade” para apoiar o que é local, “mas não custa ir relembrando que, neste momento, esta atitude de defesa faz toda a diferença, é vital para a recuperação da saúde financeira do concelho”.
A secretária-geral acrescenta ainda que “os comerciantes e prestadores de serviços estão recetivos e unidos, num esforço conjunto de contribuição para a retoma gradual da normalidade”.
Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma "abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais".
O país regista 735 mortos associados à covid-19 em 20.863 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.