O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, admitiu hoje estar a analisar uma reabertura da economia nas ilhas da região menos fustigadas pela pandemia de covid-19.
Os Açores têm até ao momento registados 105 casos positivos, mas três das nove ilhas (Santa Maria, Corvo e Flores) não registaram qualquer infetado e outras já não têm registo de novos casos há algumas semanas.
"Este é um dos principais assuntos que neste momento nós temos estado a analisar. Há ilhas na nossa região onde não se tem verificado qualquer caso positivo, outras que já há algum tempo não têm qualquer caso positivo. Já estamos a analisar esse assunto", adiantou hoje Vasco Cordeiro (PS), em conferência de imprensa em Ponta Delgada.
De todo o modo, acrescentou o governante, um eventual "reativar" da economia, "a acontecer, acontecerá progressivamente, com regras muito claras".
E concretizou: "Não podemos passar da situação que estamos para uma situação como estávamos antes".
O Governo dos Açores decidiu prolongar até 01 de maio as cercas sanitárias nos seis concelhos da ilha de São Miguel, no âmbito do combate à pandemia da covid-19, anunciou hoje o líder do executivo regional.
As cercas foram implementadas no dia 03 de abril, terminando o prazo inicial hoje ao final do dia.
São Miguel, a maior ilha dos Açores, é formada pelos concelhos de Ponta Delgada, Ribeira Grande, Nordeste, Povoação, Lagoa e Vila Franca do Campo.
Até ao momento, já foram detetados na região um total de 105 casos, verificando-se 11 recuperados, cinco óbitos e 89 casos positivos ativos para infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, sendo 59 em São Miguel, seis na ilha Terceira, quatro na Graciosa, seis em São Jorge, nove no Pico e cinco no Faial.
A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.
Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas, segundo o balanço de hoje.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.