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Covid-19: TomTom tem prejuízos de 62,8 milhões de euros no 1.ª trimestre do ano

LUSA
15-04-2020 12:46h

A empresa de serviços de geolocalização holandesa TomTom anunciou hoje que teve um prejuízo 62,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, com a queda da faturação em 23%, devido ao fecho de fábricas e concessionários de veículos.

Sem as medidas para conter a pandemia da covid-19, a TomTom registou no primeiro trimestre de 2019 um lucro de 3,3 milhões de euros , com as receitas a atingirem os 632,9 milhões de euros.

A faturação da multinacional quebrou 23% no primeiro trimestre deste ano, para 131 milões de euros, por causa do impacto da pandemia sobre as receitas nos segmentos de negócio de automação e consumidores, mas não no segmento empresarial.

Em comunicado, o presidente executivo da empresa, Harold Goddjin, explicou que o impacto negativo se deveu principalmente à diminuição das vendas de veículos, devido ao encerramento de fábricas, bem como ao fecho de lojas no comercio retalhista, à redução dos 'stocks' e ao facto de as pessoas terem parado de conduzir.

“A recuperação vai depender da rapidez com que a normalidade económica for restabelecida, incluindo a produção de veículos e a procura do consumidor final, o que é incerta por agora”, disse Goddjin.

O resultado operacional bruto (Ebitda) foi de 5,4 milhões de euros no período em análise, contra 18,8 milhões alcançados no primeiro trimestre de 2019.

Em 31 de março, a empresa suspendeu o programa de recompra de ações de até 50 milhões de euros devido ao surto do novo coronavirus e deixou cair as suas previsões para o final deste ano.

“Neste momento, dada a incerteza sobre a gravidade e a duração do impacto económico da pandemia, os efeitos sobre a faturação e o ‘cask flow’ para 2020 não podem ser avaliados ou quantificados de forma fiável”.

O grupo holandês disse que ampliou o acordo com a Verizon para que esta integre os sistemas TomTom na sua oferta de serviços de geolocalização.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou quase 127 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (26.033) e mais casos de infeção confirmados (609.240 mil).

Seguem-se Itália (21.067 mortos, em 162 mil casos), Espanha (18.579 mortos, 177 mil casos), França (14.967 mortos, 37 mil casos) e Reino Unido (11.329 mortos, 88 mil casos).

Por regiões, a Europa somava hoje 85.271 mortos (mais de 1 milhão de casos), a América do Norte 25.661 mortos (619.640 casos), a Ásia 5.162 mortos (145.541 casos), o Médio Oriente 5.031 mortos (106.630 casos), a América do Sul e Caribe 3.001 mortos (70.213 casos), a África 874 mortos (16.285 casos) e a Oceânia 78 mortos (7.652 casos).

Portugal regista hoje 599 mortos associados à covid-19, mais 32 do que na terça-feira, e 18.091 infetados (mais 643), indica o boletim epidemiológico divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial vai cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.

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