Inaugurada a 23 de março de 2018, a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar de
Gaia/Espinho (CHVNGE) permite aos doentes internados neste regime uma atenção redobrada, no conforto do ambiente
familiar e em colaboração estreita com os Cuidados Primários de Saúde.
Mais de 40 mil quilómetros percorridos e mais de 200 doentes assistidos, este é o balanço do primeiro ano de
atividade da hospitalização domiciliária no CHVNGE. As vantagens do internamento em casa, num ambiente
mais favorável ao doente e valorizando o papel da família e do cuidador podem ser avaliadas através do grau
de satisfação dos doentes até agora internados: 80% qualifica o serviço como “Muito Bom” e 15% como
“Bom”.
Sujeitos a uma triagem que envolve critérios clínicos, sociais e geográficos (a distância máxima não pode
ultrapassar um tempo de deslocação superior a 30 minutos, por exemplo), os doentes são assistidos por
uma equipa que reúne profissionais de várias áreas: além dos médicos e enfermeiros, a equipa conta com
nutricionista, assistente social, farmacêutica, assistentes técnicos e assistentes operacionais.
As deslocações da equipa da UHD são feitas diariamente, tal como num internamento normal; o contacto
com a família e a disponibilidade para prestar cuidados sempre que necessário trazem vários benefícios,
quer ao doente, quer aos cuidadores, que também expressam uma satisfação elevada: 96,7% dos cuidadores
caracteriza o serviço prestados como ‘Muito Bom’ (85,5%) e “Bom” (11,2%).
No entanto, a UHD vai além dos indicadores quantificáveis. Sendo o resultado da colaboração e parceria com
a Rede de Cuidados de Saúde Primários e com as autarquias de Gaia e Espinho, o sucesso deste projeto é
também verificado na prevenção da doença e da sua reincidência, assim como na prevenção das infeções
hospitalares, promovendo uma integração de cuidados de diferentes níveis e simultaneamente permite uma
maior disponibilização de vagas de internamento a doentes que não se enquadram nos critérios de admissão
para hospitalização domiciliária - foram libertados 1645 dias de internamento convencional este primeiro
ano de atividade.