Grávida de 6 meses e sem máscaras de proteção, Ana Menezes decidiu criar uma máscara de tecido que evitasse que levasse as mãos à cara, quando saía, para realizar as compras de casa. Apesar de não ser a solução ideal, depressa percebeu que lhe era essencial.

Com a ajuda da mãe, a designer de moda iniciou a confeção das primeiras máscaras e decidiu oferecê-las a quem estivesse disposto a ir busca-las ao seu atelier, na Ajuda, em Lisboa.

Ana Menezes, que suspendeu a produção da sua coleção, está dedicada a tempo inteiro à confeção das máscaras e conta com a ajuda da mãe e da fábrica, para dar resposta às muitas solicitações. Neste momento, consegue assegurar 40 a 50 novas máscaras por dia, já entregou 600 e estão em produção outras 500. A premissa é, desde o início, apenas uma: uma máscara por pessoa.

A solução encontrada, permitiu-lhe dar resposta aos pedidos de algumas instituições da freguesia, que lhe pedem máscaras que as ajudem a prestar auxílio a pessoas mais desfavorecidas ou com dificuldades de locomoção, como é o caso da população idosa. Ao fim de um mês de atividade, a designer debruça-se, agora, na pesquisa de outros materiais que possam ser usados na produção de máscaras.

As máscaras já foram enviadas para todo o país e seguiram algumas, poucas, para Itália, Alemanha, Holanda e Espanha.