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Covid-19: Casa Branca nega intenção de despedir líder da equipa de crise

LUSA
13-04-2020 21:15h

O Presidente dos EUA, Donald Trump, não tem intenção de demitir Anthony Fauci, o especialista que lidera a equipa de crise no combate à pandemia covid-19, disse hoje a Casa Branca.

No domingo, Trump usou a sua conta pessoal na rede social Twitter para divulgar uma mensagem que continha a menção “#FireFauci” (#Despeçam Fauci), dando a entender que poderia estar de acordo com aqueles que têm criticado o especialista por este mostrar discordância com algumas decisões do Presidente.

Hoje, a Casa Branca dissipou qualquer dúvida perante a questão, mostrando confiança no homem que tem sido um dos principais conselheiros do Presidente na luta contra a pandemia.

“O dr. Fauci foi e continua a ser um consultor de confiança do Presidente Trump”, disse a porta-voz da Casa Branca Hogan Gidley.

A polémica acontece quando o Presidente anunciou que está prestes a tomar “a decisão mais importante da sua vida”, ao ponderar a reabertura rápida da economia norte-americana, aliviando as medidas de contenção a nível nacional.

Trump já disse por várias vezes que quer que a população norte-americana regresse rapidamente às ruas, mas Anthony Fauci tem mostrado preocupação com o fim demasiado cedo das medidas de contenção, quando alguns estados ainda se encontram longe do pico.

Trump deixou também hoje claro que a decisão de declarar o fim das medidas de contenção, quando acontecer, será da responsabilidade do Governo federal e não de cada governo estadual, como tinha sido anunciado por alguns meios de comunicação social.

Com mais de meio milhão de casos de contaminação e mais de 22 mil mortes nos Estados Unidos, a taxa de contaminação “parece estar a chegar ao pico”, disse hoje Robert Redfield, diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC).

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

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