O Presidente dos EUA, Donald Trump, não tem intenção de demitir Anthony Fauci, o especialista que lidera a equipa de crise no combate à pandemia covid-19, disse hoje a Casa Branca.
No domingo, Trump usou a sua conta pessoal na rede social Twitter para divulgar uma mensagem que continha a menção “#FireFauci” (#Despeçam Fauci), dando a entender que poderia estar de acordo com aqueles que têm criticado o especialista por este mostrar discordância com algumas decisões do Presidente.
Hoje, a Casa Branca dissipou qualquer dúvida perante a questão, mostrando confiança no homem que tem sido um dos principais conselheiros do Presidente na luta contra a pandemia.
“O dr. Fauci foi e continua a ser um consultor de confiança do Presidente Trump”, disse a porta-voz da Casa Branca Hogan Gidley.
A polémica acontece quando o Presidente anunciou que está prestes a tomar “a decisão mais importante da sua vida”, ao ponderar a reabertura rápida da economia norte-americana, aliviando as medidas de contenção a nível nacional.
Trump já disse por várias vezes que quer que a população norte-americana regresse rapidamente às ruas, mas Anthony Fauci tem mostrado preocupação com o fim demasiado cedo das medidas de contenção, quando alguns estados ainda se encontram longe do pico.
Trump deixou também hoje claro que a decisão de declarar o fim das medidas de contenção, quando acontecer, será da responsabilidade do Governo federal e não de cada governo estadual, como tinha sido anunciado por alguns meios de comunicação social.
Com mais de meio milhão de casos de contaminação e mais de 22 mil mortes nos Estados Unidos, a taxa de contaminação “parece estar a chegar ao pico”, disse hoje Robert Redfield, diretor do Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 114 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 400 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.