O sindicato que representa as chefias dos guardas prisionais lamentou hoje a inexistência de “qualquer tipo de reconhecimento” a estes profissionais, indicando que até à data “não existe registo de incidentes significativos” nas prisões.
“É com desilusão e desapontamento que deixamos nota da inexistência de qualquer tipo de reconhecimento ou palavra de apreço pelo trabalho fundamental do corpo da guarda prisional na paz e estabilidade que se vivencia nos estabelecimentos prisionais neste contexto singular e acrescidas e imprevisíveis dificuldades”, refere a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional (ASCCGP).
A nota do sindicato que representa as chefias dos guardas prisionais foi divulgado três semanas após os reclusos estarem sem receber visitas devido à pandemia de covid-19 e de ter entrado em vigor o regime excecional de libertação de presos.
A lei n.º 9/2020, que permite a aplicação de um perdão parcial de penas até dois anos, define um regime especial de indulto, autoriza saídas administrativas extraordinárias de reclusos e a antecipação excecional da liberdade condicional, entrou em vigor no sábado.
Na nota, a Associação Sindical de Chefias do Corpo da Guarda Prisional congratulou-se por não existirem, até hoje, reclusos infetados com covid-19, nem se terem registado “incidentes significativos”.
“Não existe registo de incidentes significativos na normal prossecução funcional do estabelecimento prisional, sem prejuízo de que tal possa vir a decorrer”, precisa o sindicato, dando conta que os guardas prisionais lidam “com dificuldades logísticas” nas prisões.
Portugal, em estado de emergência até 17 de abril e onde o primeiro caso foi confirmado em 02 de março, está na terceira e mais grave fase de resposta à doença (fase de mitigação), ativada quando há transmissão local, em ambiente fechado, e/ou transmissão comunitária.
Os mais recentes dados oficiais dão conta de 504 mortos e 16.585 casos de infeção confirmados em Portugal.
Em todo o mundo, o novo coronavírus já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.