Trata-se do “maior repositório digital do género no mundo”, com mais de 1,6 milhões de registos científicos, reunindo investigações clínicas, políticas, regulamentos e “coleções temáticas sobre diversas aplicações da MT (Medicina Tradicional)”, segundo informação no ‘site’ da agência das Nações Unidas para a saúde.

Segundo a OMS, a criação da biblioteca visa “ajudar a colmatar as lacunas de conhecimento e investigação” sobre este tipo de medicina, ao qual é dedicado “menos de 1% do financiamento global para a investigação em saúde”.

A Biblioteca Mundial de Medicina Tradicional (TMGL na sigla em inglês) dá resposta aos “apelos de Chefes de Estado” durante reuniões do G20 (grupo dos 20, que reúne os países desenvolvidos e emergentes), e dos BRICS (bloco de economias emergentes criado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

O arquivo “também oferece acesso equitativo ‘online’ a conteúdos revistos por pares a instituições de países de baixo rendimento através da iniciativa Research4Life”, além de apoiar “os países na documentação da MT com proteções de propriedade intelectual e no desenvolvimento de capacidade científica para impulsionar a inovação”, indica a OMS.

A segunda Cimeira Mundial sobre Medicina Tradicional, que começou na quarta-feira e termina na sexta-feira, a decorrer em Nova Deli, visa abrir um debate internacional sobre a sua integração nos sistemas de saúde com base em critérios científicos.

A OMS assinala que, para muitos, a MT continua a ser a principal fonte de cuidados de saúde, indicando quase 90% dos seus Estados-Membros que entre 40 a 90% das suas populações utilizam este tipo de medicina.