A cidade chinesa de Harbin, capital da província de Heilongjiang, que faz fronteira com a Rússia, vai impor a partir de hoje um período de quarentena de 28 dias para quem chega do exterior.
Os portadores de passaporte chinês que cheguem à cidade - cidadãos estrangeiros estão proibidos de entrar na China desde 28 de março - devem realizar dois testes de ácido nucleico e cumprir com o período de quarentena definido.
A imprensa local detalhou que a primeira metade da quarentena se vai realizar num centro designado e os segundos catorze dias no respetivo local de residência.
As áreas residenciais que abrigarem pacientes infetados pelo novo coronavírus e casos assintomáticos vão estar sujeitos a "vigilância rigorosa".
As autoridades vão ainda pagar até 2.000 yuan (260 euros) a quem denunciar pessoas que cheguem à cidade e não se registem ou violem as medidas de quarentena.
Segundo dados oficiais divulgados hoje pelas autoridades de saúde locais, a província de Heilongjiang registou sete casos de contágio local no domingo e 49 "importados" da Rússia.
As autoridades chinesas baniram a entrada de estrangeiros no país, no final do mês passado, mas muitos chineses radicados no exterior estão a voltar ao país, à medida que a doença se alastra pelo resto do mundo, pelo que a China passou a contar com centenas de casos importados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 112 mil mortos e infetou mais de 1,8 milhões de pessoas em 193 países e territórios.
Dos casos de infeção, quase 375 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.