SAÚDE QUE SE VÊ

Covid-19: Subconcessionária de estaleiros reúne 100 mil euros para hospital de Viana do Castelo

LUSA
09-04-2020 09:14h

A West Sea, subconcessionária dos extintos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), angariou mais de 100 mil euros e está a comprar equipamentos identificados pelo hospital local como "necessidade mais premente" no combate à pandemia covid-19.

Em nota hoje enviada à agência Lusa, a West Sea explicou que "algum material" adquirido com os fundos da campanha "já começou a ser entregue" no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo.

A angariação de fundos foi iniciada pela subconcessionária dos extintos estaleiros navais de Viana do Castelo, em coordenação com a Câmara de Viana do Castelo, e envolve "os parceiros de negócio", da empresa do grupo Martifer.

A West Sea revelou que, além do material já entregue à unidade hospitalar, também as encomendas de outros equipamentos foram feitas "de acordo com as necessidades identificadas pela Unidade de Saúde Local de Viana do Castelo (ULSAM)”.

"Esta ação de apoio às necessidades do Hospital de Viana do Castelo é dinâmica e vai manter-se nos próximos tempos, permitindo que os vários parceiros de negócio da West Sea continuem a contribuir, apoiando a população do distrito de Viana do Castelo", acrescenta a nota.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas, contando com 2.500 profissionais, entre os quais 501 médicos e 892 enfermeiros.

Os ENVC foram extintos em março de 2018, mas encontravam-se em processo de extinção desde janeiro de 2014, data da assinatura, entre o anterior Governo PSD/CDS-PP e o grupo privado Martifer, do contrato de subconcessão dos estaleiros navais até 2031, por uma renda anual de 415 mil euros.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.

Dos casos de infeção, cerca de 280 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 de março o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

MAIS NOTÍCIAS