Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Sonaecom refere que, "em face do atual contexto que coloca Portugal numa situaçã de estado de emergência declarado por decreto do Presidente da República (...)" e "atendendo às recomendações no âmbito da realização de assembleias-gerais" publicadadas pelo órgão supervisor dos mercados, "a assembleia-geral será realizada exclusivamente por meios telemáticos".

A reunião magna está agendada para 29 de abril e tem nove pontos na ordem de trabalhos, entre os quais deliberar sobre o relatório de gestão, balanço e contas, individuais e consolidadas, relativas a 2019, como também a proposta de aplicação de resultados daquele exercício, entre outros.

O Conselho de Administração da Sonaecom propõe que o resultado líquido relativo às contas individuais, no montante de 42.774.663,52 euros seja aplicado da seguinte maneira: reserva legal, no montante de 2.138.733,18 euros e distribuição pelos acionistas, no montante de 25.841.223,07 euros. Mais de 14,7 milhões de euros serão transferidos para a rubrica de "outras reservas".

"Considerando que não é possível determinar com exatidão o número de ações próprias que estará em carteira à data do pagamento das propostas acima referidas sem limitar a capacidade de intervenção da sociedade", a Sonaecom refere que "a cada ação emitida corresponderá um dividendo ilíquido de 0,083 euros".

A Sonaecom anunciou no sábado que o tribunal decidiu proceder ao arresto preventivo de 26,075% do capital social da NOS, na sequência da publicação de notícias sobre esquemas alegadamente fraudulentos que envolvem a empresária angolana Isabel dos Santos.

A empresa, que detém 50% do capital da ZOPT SGPS, refere que "foi informada por esta sua participada da comunicação recebida do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa de proceder ao arresto preventivo de 26,075% do capital social" da operadora de telecomunicações NOS.

A ZOPT é detida a 50% pela Sonaecom e a restante metade por Isabel dos Santos.