O primeiro ministro são-tomense, Jorge Bom Jesus, garantiu hoje que o seu governo tem estado a "fazer tudo" para evitar que o novo coronavírus chegue às fronteiras do seu país.
"Esta doença é muito séria, nós temos estado a acompanhar o seu alastramento ao nível mundial e tudo estamos a fazer para que ela não chegue às nossas fronteiras", disse o chefe do executivo, que falava aos jornalistas no final de mais uma reunião do comité de crise criado para o efeito.
"A nossa grande preocupação e compromisso é para com o povo de São Tomé e Príncipe, com o capital humano, é com a proteção da saúde de cada um e, mais do que com a saúde, é com a vida de cada são-tomense", acrescentou Jorge Bom Jesus.
O primeiro-ministro referiu que criou um Plano de Contingência orçamentado em mais de 50 milhões de euros, financiado pelo orçamento Geral do Estado (OGE) e pelos parceiros de desenvolvimento do país.
"O Governo não vai regatear esforços, sobretudo financeiros, com a doença, nós não vemos pelas despesas, são investimentos para proteger as crianças, os jovens as mulheres e os homens deste país", explicou Jorge Bom Jesus.
O governante reafirmou que, "até este momento”, o executivo não tem “constatado um único caso de coronavírus em São Tomé e Príncipe ou casos suspeitos".
"No dia em que o Ministério da Saúde nos informar de que há casos, também eu serei o primeiro a anunciar, e tão cedo quanto possível, quando isto acontecer", garantiu o primeiro-ministro.
Jorge Bom Jesus lamentou que "ao nível da sub-região”, esta doença já tenha começado “a ceifar vidas”.
“Ao nível mundial, nós temos assistidos a mortes em grande quantidade e esta doença não tem poupado velhos, novos, médicos e enfermeiros, que já começam a faltar", completou.
Por isso, "rogou a todos os são-tomenses" para acatarem as orientações das autoridades sanitárias e da Organização Mundial da Saúde no sentido de se protegerem da contaminação pela infeção da covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 57 mil.
Dos casos de infeção, mais de 205 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
A pandemia afeta já 50 dos 55 países e territórios africanos, com mais de 7.000 infeções e 280 mortes, segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC). São Tomé e Príncipe permanece como o único país lusófono sem registo de infeção.