SAÚDE QUE SE VÊ

‘O medo tem que ser proporcional à esperança’ – testemunho de enfermeiro em Cuidados Intensivos

02-04-2020 09:26h

O Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central, que integra dois dos primeiros três hospitais inicialmente chamados à linha da frente de combate à Covid-19, Curry Cabral e Dona Estefânia, fez um apelo interno à mobilização de enfermeiros para a Unidade de Urgência Médica, também conhecida como Cuidados Intensivos.

Rui Santos, enfermeiro no Hospital de São José há 24 anos, os últimos 12 no Serviço de Urologia, respondeu ao chamado sem pensar duas vezes, na convicção que é profissional de saúde de uma instituição e não apenas de um serviço.

 

 

A experiência de Rui Santos em Cuidados Intensivos já data de alguns anos, pelo que a atualização de conhecimentos vai ser feita de duas formas. Uma in situ, ou seja, no dia-a-dia, acompanhando os colegas mais experientes, outra através de tempo de estudo quando fora do turno. A tecnologia, nomeadamente em ventiladores e monitores, avançou muito, e essa formação vai ser acompanhada no local. O enfermeiro explica que quem sabe andar de bicicleta não esquece, mesmo que no início precise de rodinhas. Rui Santos chama a atenção que a Unidade de Emergência recebe casos Covid e não-Covid.

 

 

O enfermeiro não esconde que existe alguma ansiedade perante este novo, enorme desafio ao serviço do país. As palavras-chave são Ajuda e Confiança, confiança no Serviço Nacional de Saúde, um apelo que fica para os portugueses. Rui Santos assegura que a Unidade de Urgência Médica do Hospital de São José está organizada em doentes Covid e não-Covid e que a separação está garantida, sem prejuízo de eventuais alargamentos à medida das necessidades.

 

MAIS NOTÍCIAS