O Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, declarou hoje o recolher obrigatório no país, reforçando as medidas de luta contra a covid-19, segundo a televisão nacional.
A medida, que começou a vigorar às 00:00 horas de hoje, prolonga-se durante 14 dias e prevê, além de recolher obrigatório entre as 21:00 e as 05:00 (locais e GMT), a proibição de deslocações de Conacri para o interior do país, salvo por motivos considerados "excecionais", segundo o decreto governamental.
Esta decisão vem juntar-se a um conjunto de medidas anunciadas a 26 de março, incluindo a imposição do estado de emergência, o encerramento de fronteiras, o encerramento de escolas e locais de culto e a proibição de concentrações com mais de 20 pessoas.
Com a confirmação, nas últimas horas de seis novos casos de infeção pelo novo coronavírus, sobe para 22 o número de doentes detetados no país desde 12 de março.
O recolher obrigatório é decretado numa altura em que a Guiné-Conacri atravessa uma grave crise política com a oposição mobilizada contra a intenção do Presidente Alpha Condé de concorrer a um terceiro mandato no final de 2020.
Esta crise resultou já em confrontos violentos que causaram dezenas de mortes desde meados de outubro.