A Secretaria-Geral de Instituições Penitenciárias de Espanha começou a distribuir nas prisões dependentes da administração central 105 mil máscaras cirúrgicas e FFP (com filtro facial de partículas), que se somam às 40 mil já distribuídas.
Segundo anunciou hoje o organismo, o material, que foi recebido este fim de semana, será distribuído de acordo com o número de trabalhadores de cada centro, os ‘stocks’ anteriores e as áreas de maior contágio da pandemia de covid-19.
As máscaras já entregues estão a ser utilizadas de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde e os critérios próprios do sistema penitenciário, tais como a impossibilidade de manter a distância de segurança de dois metros em relação a outros funcionários em locais fechados ou os procedimentos de aberturas e fecho de celas quando estes sejam manuais, acrescentou.
A Secretaria-Geral de Instituições Penitenciárias adotou, no passado dia 10 deste mês, as primeiras decisões preventivas e restritivas de combate ao novo coronavírus nas prisões na Comunidade de Madrid, La Rioja e na prisão de Alava, recordou a agência espanhola EFE.
Durante essa semana, o mesmo organismo considerou que a suspensão de comunicações especiais e o acesso a quem não era trabalhador afetou todos os estabelecimentos prisionais, exceto na Catalunha, que tem transferidas competências nessa matéria.
Com o decreto do estado de alarme por parte do governo espanhol a 15 de março, as prisões decidiram cancelar todas as comunicações e autorizações para os quase 50.800 prisioneiros, referiu a EFE.
Os conselhos de tratamento dos centros penitenciários e os da Inserção Social (CIS) aprovaram que os presos classificados no 3.º grau continuem cumprindo as respetivas penas nos seus lares controlados, com pulseiras telemáticas ou com controlo de voz.
Para compensar as restrições, foi aumentado o número de chamadas telefónicas permitido aos reclusos, que passou de 10 para 155 ligações semanais.
Além disso, para os reclusos com mais carências económicas, a administração prisional ofereceu-lhes uma forma gratuita de poderem contactar os familiares.
De acordo com Secretaria-Geral de Instituições Penitenciárias, desde que essas medidas foram adotadas, nenhum incidente grave ocorreu nas prisões.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 396 mil infetados e perto de 25 mil mortos, é aquele onde se regista atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 10.779 mortos em 97.689 casos confirmados até domingo.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 7.340, entre 85.195 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são o que tem maior número de infetados (143.055).