A Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto (IPP) estão a desenvolver viseiras para distribuir pelos profissionais de saúde dos hospitais de São João, Santo António, Gaia-Espinho, Pedro Hispano e centros de saúde da região Norte.
Em declarações à agência Lusa, o pró-reitor da Universidade do Porto (U.Porto), Pedro Rodrigues, avançou hoje que da “mobilização” da comunidade, desde centros de investigação, alunos e empresas, já foi possível recolher “24 mil folhas de acetato” que vão ser usadas na criação do material de proteção.
“Recolhemos os antigos acetatos que se usavam para as aulas e mobilizamos a recolha por todas as faculdades. Este material é importantíssimo porque é o que de facto constitui a viseira”, frisou.
Nesta iniciativa de “combate” à pandemia da covid-19, as duas instituições conseguiram, com a ajuda do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), da Faculdade de Engenharia (FEUP) e do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) reunir 120 impressoras 3D.
“Este projeto tem a particularidade de ser um esforço conjunto de toda a comunidade da Universidade do Porto e do IPP, envolvendo unidades de investigação, faculdade e equipamentos pessoais de docentes e estudantes”, frisou o pró-reitor da investigação, inovação e internacionalização da UP.
Até ao momento, já foram produzidas mais de seis mil viseiras que, atempadamente e por intermédio da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-Norte), vão ser distribuídas pelos hospitais de São João, Santo António, Gaia-Espinho e Pedro Hispano, em Matosinhos.
Paralelamente, vão também ser produzidas viseiras para profissionais dos centros de saúde da região Norte.
À Lusa, Pedro Rodrigues, membro da U.Porto responsável por coordenar esta iniciativa, adiantou que diariamente estão a ser desenvolvidas “cerca de 500 viseiras”.
“É muito gratificante verificar a capacidade de mobilização para providenciar um equipamento de proteção para os profissionais de saúde que estão na linha da frente do combate à covid-19”, salientou.
A produzir este material de proteção para os profissionais de saúde estão também três empresas instaladas no Parque da Ciência e Tecnologia da U.Porto (UPTEC) - a Biofabics, Everythink e a Fraunhofer – que, juntas, já doaram mais de 150 viseiras ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Hospital da Luz, IPO-Porto e Unidade de Saúde Familiar de Matosinhos.