A Federação Portuguesa de Natação (FPN) qualificou hoje de “expectáveis” as novas datas para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, assumindo agora como maior desafio recentrar o foco na preparação dos atletas para 2021.
“Era o esperado, dentro da janela de um ano que havia. Agora, temos é de focar-nos em manter a forma e reajustar os calendários internacionais e nacionais a esta nova realidade”, disse à agência Lusa o presidente federativo, António José Silva.
Yoshiro Mori, o presidente da organização japonesa, anunciou hoje que Tóquio2020 vai decorrer entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021, praticamente um ano depois das datas previstas, entre 24 de julho e 09 de agosto de 2020, devido aos efeitos da pandemia de covid-19.
“Face ao estado de stress e emotividade que decore daqui até aos Jogos, já que em vez de ser três meses será um ano e três meses, temos de saber lidar melhor com os atletas, gerir muito bem essa situação”, vincou o dirigente.
António José Silva entende que, “após tirar os nadadores deste confinamento e alarme social, o desafio é recentrá-los no que interessa”, considerando que “não adianta divagar” quanto aos aspetos menos positivos desta situação, pois o importante é “a melhor adequação à realidade”.
A natação tem cinco nadadores apurados, nomeadamente, Alexis Santos, semifinalista no Rio2016, e Gabriel Lopes, nos 200 metros estilos, Tamila Holub e Diana Durães, nos 1.500 livres, e Ana Catarina Monteiro, nos 200 mariposa.
“Acreditamos que esta equipa pode ser alargada na natação pura, com o dueto da natação artística e nas águas abertas, em que temos francas hipóteses de ter pelo menos um qualificado”, concluiu.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 727 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 35 mil. Dos casos de infeção, pelo menos 142.300 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, que está em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril, registaram-se 140 mortes e 6.408 casos de infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.