O salesiano Angelo Moreschi, em missão na Etiópia, é o primeiro bispo católico a morrer devido à infeção do Covid-19, segundo o Vaticano News.
Angelo Moreschi, 67 anos, que foi vigário apostólico de Gambella, na Etiópia, onde esteve em missão há quase 40 anos, morreu na quarta-feira em Brescia, Itália.
O bispo italiano tinha regressado a Itália devido a problemas de saúde e nos últimos dias contraiu covid-19.
A comunidade salesiana em todo o mundo lamenta a morte do vigário apostólico de Gambella (Etiópia).
Angelo Moreschi nasceu em Nave em 13 de junho de 1952 e frequentou o noviciado salesiano em Albarè. Professou os seus primeiros votos religiosos a 01 de setembro de 1974 e os votos perpétuos em Cremisan (Israel) em 15 de agosto de 1980, sendo ordenado sacerdote a 02 de outubro de 1982 em Brescia.
Enviado em missão à Etiópia, serviu como pároco e diretor em Dilla (1991-2000), ocupando o cargo de Conselheiro Provincial.
Em 16 de novembro de 2000, foi nomeado prefeito apostólico de Gambella; em 5 de dezembro de 2009, a Prefeitura foi elevada a Vicariato, quando então foi nomeado bispo titular da Diocese de Elefantaria da Mauritânia e vigário apostólico de Gambella, recebendo a consagração episcopal em 31 de janeiro de 2010.
Pelo menos 30 padres já morreram em Itália devido à pandemia de Covid-19.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
O continente europeu, com mais de 292 mil infetados e quase 16 mil mortos, é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 8.165 mortos em 80.539 casos registados até quinta-feira.
A Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 4.858, entre 64.059 casos de infeção confirmados até hoje, enquanto os Estados Unidos são desde quinta-feira o que tem maior número de infetados (mais de 85 mil).