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Porto de Leixões redimensiona equipas para evitar possíveis propagações

LUSA
27-03-2020 16:21h

O Porto de Leixões, em Matosinhos, mantém "em pleno" todos os serviços logísticos e portuários, mas redimensionou as equipas procurando interromper possíveis cadeias de transmissão da covid-19, adiantou hoje a administração portuária.

Esta medida, decorrente do acompanhamento da propagação do novo coronavírus, tem por objetivo garantir a capacidade de substituições, caso se venha a verificar uma ocorrência da covid-19, explicou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

"Esta estratégia revela-se imprescindível em serviços cuja especialização tornam a sua substituição impossível, nomeadamente nos principais serviços de portaria única, reboques e tripulações e pilotagem", referiu a APDL em comunicado.

Além disso, em articulação com todos os parceiros e concessionários, a APDL implementou ainda outras medidas, assentes na redução do horário de atendimento de camiões de contentores na portaria principal e na suspensão de todos os serviços de aluguer de transporte marítimo nas lanchas de pilotos para transporte de técnicos e rendições de tripulação ao largo.

A infraestrutura portuária decidiu ainda suspender as manobras durante o período noturno - 00:00 às 06:00 - salvaguardando, contudo, as questões de segurança e emergência para as quais estará garantida a "adequada e pronta resposta".

Os fornecimentos de mantimentos ao largo só serão feitos se justificada a sua "imperiosa necessidade" e se estiver em causa a segurança e bem-estar das tripulações, revelou a APDL, acrescentando que este terá de ser planeado de acordo com o movimento portuário, o que poderá implicar tempos de espera.

O reforço do plano de contingência permite que Leixões continue a funcionar dentro da normalidade no atual contexto, sublinhou na nota.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.

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