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Carneiro acusa Governo de exonerar administrações hospitalares por razões políticas

Lusa
31-12-2025 13:39h

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, manifestou hoje repúdio pelas recentes notícias de exonerações de administrações hospitalares, acusando o Governo de atuar por razões “estritamente de natureza política”.

Segundo o jornal Observador, o Governo vai afastar a administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de São José (Lisboa) e vai escolher um militante do PSD para o cargo. O mesmo jornal avança que o mesmo vai suceder com a ULS de Coimbra.

“É uma prática que nós só podemos repudiar e condenar publicamente, porque ela não tem fundamentos que tenham a ver com o serviço público, tem fundamentos estritamente de natureza política”, afirmou, em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao hospital de Barcelos.

Para José Luís Carneiro, as administrações, quando têm bom desempenho, devem manter-se a funcionar.

O líder do PS considerou “incompreensível” que as unidades hospitalares tenham mudanças quando, “por aquilo que é público, não há indícios, não há elementos de natureza pública que levem à decisão de exonerar essas administrações, a não ser dar continuidade a uma prática que já o Governo tinha iniciado quando liquidou a administração da estrutura executiva do SNS”.

“Liquidou a administração [da direção executiva do SNS] por razões políticas e viemos a verificar os resultados dessa decisão”, criticou. José Luis Carneiro referia-se à exoneração de Fernando Araújo (que foi depois candidato nas eleições legislativas nas listas do PS) por Álvaro Almeida, do PSD.

O líder do PS disse que o Governo deve procurar garantir que os Conselhos de Administração do Serviço Nacional de Saúde cumprem a missão que lhes é confiada e alcançam os resultados que são previstos.

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