Em comunicado enviado à agência Lusa, a Câmara de Alandroal indicou que o seu fundo será constituído por "verbas que estavam alocadas a praticamente todos os eventos previstos até ao final do ano e outras despesas não prioritárias".

"O município está já em condições de reservar 150 mil euros para este fim, podendo haver reforços", adiantou, referindo que, deste fundo, "sairão 20 mil euros" para a compra de seis ventiladores para o Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) feita em conjunto pelos municípios do Alentejo Central.

Segundo a autarquia, o fundo servirá também para reforçar o "apoio ao centro de saúde do concelho, às instituições particulares de solidariedade social com valência de lar, às forças de segurança e aos bombeiros", assim como para "o reforço dos apoios sociais".

"Será realizada uma campanha de divulgação dos apoios que o município disponibiliza a quem vir os rendimentos do agregado familiar reduzidos pela conjuntura resultante do estado de emergência que se vive no país", realçou a câmara municipal.

As famílias, adiantou, poderão "beneficiar de reduções nas tarifas de água e saneamento, apoios ao arrendamento e de vales de compras de bens alimentares", enquanto para as empresas também existirá "um conjunto de incentivos" e "ações de relançamento da economia".

Também a Câmara de Mourão vai lançar "medidas extraordinárias de apoio às empresas e às famílias que já estão a sofrer nos seus rendimentos o efeito da covid-19".

"Será feita uma revisão orçamental, a levar à próxima reunião de câmara e, posteriormente, à assembleia municipal, para a criação de um Fundo de Emergência Municipal para fazer face à atual situação", adiantou a autarquia.

Segundo o município, as empresas e famílias que "apresentarem comprovativos da perda de rendimentos serão apoiadas na isenção ou redução nas tarifas de água e saneamento e terão apoio nos bens alimentares de primeira necessidade, medicamentos e rendas".

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

No Alentejo, segundo o boletim epidemiológico de hoje da DGS, há 30 doentes diagnosticados e ainda não se registou qualquer morte.