O PSD apelou hoje ao Governo para que implemente "medidas rápidas" para assegurar que os idosos levantem com segurança as prestações sociais nos CTT, cumprindo as regras de distanciamento social determinadas pela pandemia de covid-19.
Numa posição da bancada social-democrata, hoje divulgada, os deputados do PSD recordam que os idosos são um dos grupos de maior risco da covid-19 e têm regras de confinamento mais apertadas que as da generalidade da população.
No entanto, alertam, uma das exceções previstas no decreto do estado de emergência para quem tenha mais de 70 anos e está sujeito ao "dever especial de proteção" são precisamente as deslocações às estações dos correios.
O PSD salienta que, apesar de muitas das prestações sociais serem pagas por transferência bancária, há ainda muitos beneficiários, especialmente nos concelhos mais rurais, que as recebem através de vale postal, bem como aqueles que não dispõem de conta bancária.
"É entre os dias 04 e 09 de cada mês que se verifica o recebimento de grande parte das prestações devidas aos idosos, e é nesse período que ocorre o maior afluxo de pessoas às estações dos correios", referem, considerando que com a entrada na fase mais grave da pandemia essas deslocações são "um risco acrescidíssimo".
Assim, o PSD sugere ao Governo que as forças de segurança possam, neste período mais crítico, assegurar nos diversos concelhos o cumprimento das normas de afastamento social nestas operações de levantamentos das prestações sociais nas Estações dos CTT.
Por outro lado, os deputados sociais-democratas propõem que, entre os dias 04 e 09 de cada mês, as Juntas de Freguesia e os municípios "disponibilizem equipas que, em articulação com os responsáveis por cada uma das Lojas CTT, acompanhem, supervisionem e organizem os idosos que possam necessitar de deslocação (...), sensibilizando-os a respeitar essas mesmas regras de afastamento no interior e a aceitar os procedimentos de higienização das mãos de acordo com os produtos desinfetantes disponíveis".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.
Em Portugal, registaram-se 60 mortes, mais 17 do que na véspera (+39,5%), e 3.544 infeções confirmadas, segundo o balanço feito na quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 549 novos casos em relação a quarta-feira (+18,3%).