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Empresa de telecomunicações na Guiné-Bissau doa mais de 80 mil euros

LUSA
27-03-2020 11:03h

A multinacional de telecomunicações Orange da Guiné-Bissau vai doar mais de 80 mil euros para ajudar no combate à pandemia do novo coronavírus no país, onde já foram confirmados dois casos da covid-19.

Segundo um comunicado divulgado na sua página na rede social Facebook, além da doação de 80 mil euros em equipamento sanitário, medicamentos e kits para lavagem de mãos, a empresa vai também fornecer gratuitamente acesso à internet ao Ministério da Saúde, direções regionais de saúde e laboratório nacional.

A Orange vai também criar uma linha verde de comunicações gratuita para agentes de saúde com o objetivo de facilitar as comunicações.

A multinacional de telecomunicações francesa anunciou também que vai duplicar o passe de Internet comprado via Orange Money sem custos adicionais para o cliente e que vai deixar de cobrar taxas de transferência de dinheiro via Orange Money.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais 505 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 23.000.

Dos casos de infeção, pelo menos 108.900 são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

No âmbito do combate à pandemia, as autoridades no poder na Guiné-Bissau decidiram encerrar fronteiras, escolas, restaurantes e outro tipo de comércio local, locais de culto, bem como restringir a circulação e a abertura de comércio que vende bens de primeira necessidade ao período entre as 07:00 e as 11:00.

As autoridades confirmaram quarta-feira a existência de dois casos de Covid-19 em Bissau.

A Guiné-Bissau vai atravessar esta pandemia no meio de uma crise política, após Sissoco Embaló se ter autoproclamado Presidente enquanto ainda decorre no Supremo Tribunal de Justiça um recurso do candidato Domingos Simões Pereira, que alega irregularidades nas eleições de 29 de dezembro.

Depois de ter tomado posse, Embaló nomeou um Governo que ocupou os ministérios com apoio de militares, mas recusa que esteja em curso um golpe de Estado no país e diz que aguarda a decisão do Supremo sobre o contencioso eleitoral.

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