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Covid-19: Federação de Tiro "respeita" decisão de adiar Tóquio2020

24-03-2020 21:17h

A Federação Portuguesa de Tiro disse hoje "respeitar" a decisão de adiar Tóquio2020 devido à pandemia da covid-19, mas considerou que "ainda havia mais algum tempo" antes de se tomar a medida.

"Pensei que o Japão tivesse interesse em aguardar mais um pouco. Mesmo não tendo todas as informações, acho que ainda havia algum tempo para tomar uma decisão. Resta-nos respeitar", disse à agência Lusa o presidente do organismo, José Marracho.

O dirigente apontou que os atletas de tiro, que ainda perseguem duas vagas para estar no Japão, devem agora "entrar numa época de férias e adaptarem-se e esta nova realidade", garantindo que o adiamento não trará dificuldades logísticas à federação.

"Estávamos a preparar uma prova na República Checa, mas que ficará sem efeito. Felizmente, não tínhamos comprado as passagens de avião. Continuaremos o nosso projeto olímpico dentro da normalidade possível, e os apoios que vieram vão ser usados no futuro. O grande prejuízo é de termos de ficar em casa sem poder praticar o nosso desporto”, desabafou José Marracho.

Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 foram adiados para 2021, devido à pandemia da covid-19, anunciaram hoje o Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, em comunicado.

"Nas presentes circunstâncias e baseado nas informações dadas hoje pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o presidente do COI [Thomas Bach] e o primeiro-ministro do Japão [Shinzo Abe] concluíram que os Jogos da XXXII Olimpíada em Tóquio devem ser remarcados para uma data posterior a 2020 e nunca depois do verão de 2021", lê-se no comunicado.

Esta decisão foi, de acordo com o mesmo documento, tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal, há 33 mortos e 2.362 infetados confirmados.

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