O adiamento por um ano dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, hoje decretado pelo Comité Olímpico Internacional (COI), vai implicar uma “avaliação jurídica” quanto às eleições no Comité Olímpico de Portugal (COP) e federações, assumiu José Manuel Constantino.
“Os estatutos do COP estipulam que as eleições têm de ocorrer a seguir aos Jogos Olímpicos de Verão e que os mandatos têm a duração de quatro anos. É um assunto que será avaliado no plano jurídico de acordo com os estatutos do COP e a Carta Olímpica”, esclareceu à agência Lusa o presidente do COP.
O mesmo problema é colocado quanto às diversas federações desportivas, sendo que o dirigente elucidou que isso “depende do que estiver previsto nos respetivos estatutos”.
José Manuel Constantino entende ser “prematuro” manifesta-se sobre maiores especificidades quanto à situação do COP e das diversas federações desportistas, defendendo que isso vai depender da “realidade” de cada instituição.
A confirmação do adiamento dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 surgiu hoje, após a pressão de vários organismos e instituições, através de um comunicado conjunto do Comité Olímpico Internacional (COI) e do Comité Organizador dos Jogos.
A decisão do adiamento, de acordo com o COI e o Comité Organizador foi tomada “para salvaguardar a saúde dos atletas, de toda a gente envolvida nos Jogos Olímpicos e de comunidade internacional.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 33 mortes, mais 10 do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 302 novos casos em relação a segunda-feira (mais 14,7%).