A Noruega anunciou hoje a extensão até pelo menos 13 de abril das medidas para travar a pandemia do novo coronavírus, as “mais intrusivas” alguma vez tomadas no país em tempo de paz.
“A luta contra o vírus tem de continuar”, afirmou a primeira-ministra, Erna Solberg, ao anunciar o já esperado prolongamento das medidas.
“Se formos bem sucedidos, poderemos aliviar as medidas e passar para uma estratégia mais direcionada”, acrescentou.
Assim, vão continuar encerrados creches, escolas e universidades, tal como bares e restaurantes, proibidos eventos desportivos e culturais e vigentes as regras de confinamento e quarentena.
Piscinas, ginásios, cabeleireiros e todos os locais de reunião pública estão também fechados, estando limitados a cinco pessoas e ao cumprimento de uma distância mínima de dois metros entre indivíduos os agrupamentos ao ar livre.
Mantêm-se ainda em vigor o controlo de fronteiras, a proibição de entrada de pessoas sem título de residência, a proibição de deslocações a casas de férias.
A maior parte destas medidas foram anunciadas a 12 de março e apresentadas pelo Governo como “as mais vigorosas e intrusivas na Noruega em tempo de paz”.
A Noruega regista 2.566 casos de covid-19 e 12 mortos, número semelhante de casos de infeção aos registados em Portugal (2.362), mas cerca de um terço das mortes (33).
O novo coronavírus, que surgiu em dezembro na China, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais cerca de 17.000 morreram.
Atualmente, a pandemia está em progressão na Europa, com Itália (63.927 casos e 6.077 mortos), Espanha (39.673 casos e 2.696 mortos) e França (19.856 casos e 860 mortes) como países mais afetados.