O PCP adaptou o seu funcionamento à pandemia de covid-19, “observando medidas de prevenção necessárias”, mas diversificou o seu tipo de reuniões, “de forma presencial” e “à distância”, a começar pela direção do partido.
A agência Lusa questionou o gabinete de imprensa do PCP sobre que tipo de alterações planeavam fazer, nomeadamente ao nível das reuniões periódicas, semanais, da direção comunista, se seriam presenciais ou à distância.
“O PCP manterá, observando medidas de prevenção necessárias (de forma presencial, à distância, utilizando diversas formas e meios de funcionamento) a sua atividade, desde logo, da sua direção”, lê-se na resposta enviada à Lusa, sem entrar em mais pormenores.
Área em que os comunistas já procederam a mudanças é no modelo de conferências de imprensa, de forma garantir “a difusão da sua mensagem e de relacionamento” com os ‘media’.
Hoje realizou-se uma conferência de imprensa à distância, por Skype (videoconferência) com João Frazão, da comissão política, e em que as perguntas enviadas por escrito pelos jornalistas foram feitas por um assessor.
O tema de base foi o surto epidémico, e Frazão criticou os “despedimentos selvagens” feitos por empresas e voltou a exigir a proibição dos despedimentos neste período.
“Num momento em que os trabalhadores e o povo precisam da sua presença para defender os seus direitos e garantir a resposta à atual situação, o PCP não desertará, como nunca o fez, das suas responsabilidades”, prometem ainda os comunistas.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.
O país encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.