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Covid-19: Twitter revê em baixa projeções de receitas por decréscimo de publicidade

LUSA
24-03-2020 08:35h

A rede social Twitter reviu em baixa, na segunda-feira, as projeções de receitas para os primeiros três meses do exercício fiscal de 2020, por causa do decréscimo de publicidade na plataforma digital, na sequência da pandemia da doença covid-19.

De acordo com um comunicado divulgado, citado pela agência espanhola Efe, a empresa liderada por Jack Dorsey indicou que, com base em dados atuais, é possível prever que as receitas do Twitter entre janeiro e março sejam “ligeiramente inferiores” em relação ao período homólogo de 2019.

Esta empresa também anteviu que poderá regressar temporariamente aos prejuízos, na sequência da pandemia da doença provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Contudo, a rede social também registou um aumento de 23% no número de utilizadores que acedem ao Twitter diariamente, como consequência desta pandemia.

“O objetivo do Twitter é servir de plataforma para a discussão pública e, nestes tempos, o nosso trabalho é tremendamente importante. Estamos a observar um aumento no número de pessoas que estão a utilizar o Twitter e as nossas equipas estão a demonstrar uma resiliência incrível para se adaptarem a este momento sem precedentes”, apontou Dorsey.

Em 02 de março, o Twitter foi uma das primeiras empresas tecnológicas situadas em Silicon Valley, no estado da Califórnia, a recomendar o teletrabalho para os cerca de 5.000 funcionários que emprega.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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