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Covid-19: Governo espanhol estuda mobilidade de pessoas para impedir propagação da doença

23-03-2020 17:45h

O Governo espanhol vai estudar a mobilidade das pessoas para poder identificar aglomerações e estrangulamentos de cidadãos e assim evitar a propagação da covid-19, anunciou hoje a vice-presidente e ministra da Economia, Nadia Calvino.

Para entender estes movimentos, "será feita uma tentativa de desenvolver instrumentos de inteligência artificial", disse Calvino, que falava em conferência de imprensa, acrescentando que o lançamento de um projeto-piloto em Valência (leste de Espanha junto ao Mediterrâneo).

"Um dos aspetos fundamentais da política de contenção é a sua aplicação prática, no sentido de eliminar os contactos entre os cidadãos", afirmou a responsável governamental.

O lançamento de uma página na Internet com a informação verificada sobre a Covid-19, um assistente de conversação para idosos, uma aplicação de autodiagnóstico para telemóveis e um escritório de dados sobre o novo coronavírus são algumas outras iniciativas que foram anunciadas e estarão operacionais "nos próximos dias", segundo Calvino.

Em relação ao escritório de dados do coronavírus, avançou que envolverá um sistema centralizado para fazer a gestão dos dados das comunidades autónomas, para que elas possam entender as situações em que se encontra todo o território e possam fornecer informações atualizadas para todos os hospitais.

A ministra anunciou uma página unificada que irá publicar informações verificadas sobre o coronavírus, a fim de evitar a desinformação e confusão que está a ser causada por páginas da Internet de origem desconhecida.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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