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Covid-19: Dois casos suspeitos detetados na Guiné-Bissau

LUSA
23-03-2020 16:48h

O diretor-geral de Epidemiologia e Segurança Sanitária da Guiné-Bissau, Salomão Crima, disse hoje que existem dois casos suspeitos de infeção com o novo coronavírus, todos cidadãos estrangeiros, cuja situação encontra-se em análise.

"Até ao momento não temos nenhum caso confirmado. Apenas temos a registar dois casos suspeitos, um é indiano outro é da República Democrática do Congo", notou Salomão Crima, prometendo que as autoridades vão informar o país sobre o resultado das análises dos dois casos suspeitos.

O responsável do Ministério da Saúde Pública guineense não deu mais pormenores, mas indicou que as autoridades aguardam pelas análises para determinar se aquelas pessoas são, de facto, portadoras da doença.

O diretor-geral dos serviços de Epidemiologia e Segurança Sanitária pede aos guineenses que observem as recomendações emitidas pelo Ministério da Saúde, nomeadamente a lavagem regular das mãos com água e sabão, lixívia e desinfetantes, e para evitarem aglomerações de pessoas.

Uma zona denominada Wambo, uma das dependências do hospital Simão Mendes, principal centro médico da Guiné-Bissau, é o local escolhido para o isolamento e tratamento de eventuais pessoas infetadas pelo Covid-19.

A Guiné-Bissau ainda não registou qualquer caso de Covid-19, mas dadas as fragilidades sanitárias do país, as autoridades decidiram pelo encerramento de fronteiras, com exceção para abastecimento de produtos de primeira necessidade e urgências médicas.

As autoridades encerram também escolas públicas e privadas, mercados nacionais e todo o comércio, que não forneça bens de primeira necessidade.

Foi também decidido encerrar locais de culto, nomeadamente à sexta-feira, sábado e domingo, piscinas, praias e complexos de lazer e desportivos.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

O continente africano registou mais de 50 mortes devido ao novo coronavírus, ultrapassando os 1.700 casos em 45 países e territórios, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia da covid-19.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 5.476 mortos em 59.138 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com um total de 81.054 casos, tendo sido registados 3.261 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 674 mortes (16.018 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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