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Covid-19: Governo mantém apoio a instituições mas pede mais ajuda domiciliária

LUSA
23-03-2020 15:02h

O Governo garantiu hoje que vai manter as comparticipações ao setor social, responsáveis por lares de idosos ou centros de dia, mas pede às instituições que flexibilizem as suas respostas, devido à pandemia covid-19, nomeadamente com mais ajuda domiciliária.

O anúncio foi feito hoje pela ministra do Trabalho e Solidariedade Social, Ana Mendes Godinho, no final de uma reunião com a comissão permanente do setor social, para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus, em especial nos lares de idosos que nos últimos dias registaram um aumento de doentes com a covid-19.

Esta é a segunda reunião que se realiza nas últimas três semanas entre estas entidades para encontrar medidas para controlar a pandemia que até ao momento provocou 23 mortos em Portugal.

A ministra do Trabalho e Solidariedade Social garantiu hoje que o Governo vai manter as comparticipações ao setor social, “independentemente das respostas que neste momento estão a dar”.

Por outro lado, a ministra pediu aos representantes das instituições que flexibilizem as respostas de forma a responder às necessidades, nomeadamente “através do reforço do serviço do apoio domiciliário”.

Em declarações aos jornalistas, Ana Mendes Godinho afirmou que houve vários centros de dia que encerraram e, neste momento, “o serviço está a ser deslocalizado para apoio domiciliário”.

Os idosos são o principal grupo de risco desta doença e, nos últimos dias, vários responsáveis por lares denunciaram problemas, desde a inexistência de materiais de proteção como luvas ou máscaras, dificuldade em aceder à Linha Saúde 24 para a despistagem de casos e até funcionários doentes​​​​​​.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.

Dos infetados, 201 estão internados, 47 dos quais em unidades de cuidados intensivos.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira até às 23:59 de 02 de abril.

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