A TAP inicia na terça-feira o repatriamento dos portugueses retidos no Sal e na Praia, afetados pelo cancelamento de voos decidido pelo Governo cabo-verdiano para conter a pandemia da covid-19, segundo a Embaixada de Portugal.
Em comunicado, a Embaixada portuguesa na Praia refere que a transportadora aérea portuguesa vai realizar voos no dia 24 de março a partir dos aeroportos da Praia e do Sal, para repatriamento com destino a Lisboa dos passageiros com voos cancelados.
Os voos de regresso estão condicionados ao preenchimento de um formulário eletrónico, através da TAP, segundo a embaixada.
Fonte diplomática portuguesa explicou anteriormente à Lusa que há entre 200 a 300 portugueses em várias ilhas de Cabo Verde, sobretudo no Sal e em Santiago (Praia), a aguardar viagem de regresso a casa.
De acordo com vários relatos de turistas feitos à Lusa, a retenção em Cabo Verde afeta sobretudo os cerca de 200 portugueses que estavam de férias na ilha do Sal, hospedados em hotéis e com viagens canceladas essencialmente pela TAP, que devido à interdição dos aeroportos de Cabo Verde deixou de poder voar para o arquipélago.
Na sexta-feira, o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou que voos de repatriamento - que são permitidos expressamente para esse fim, sem desembarque em território cabo-verdiano -, de cidadãos estrangeiros, na sua grande maioria turistas, “têm estado a ser assegurados e realizados na sua grande parte pelas companhias aéreas que transportam turistas para Cabo Verde”.
Cabo Verde registou oficialmente até ao momento três casos da covid-19, provocada por um novo coronavírus, todos na ilha da Boa Vista, e depende economicamente dos mais de 750 mil turistas que recebe anualmente. Contudo, desde quinta-feira, por decisão do Governo cabo-verdiano, e pelo menos até 09 de abril, estão proibidas as ligações aéreas oriundas de 26 países, incluindo Portugal e Brasil.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, infetou mais de 265 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 11.401 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 90.500 recuperaram da doença.